segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Show de encerramento do dia dos pais

O dia dos pais é mais importante pra mim do que o meu aniversário.
É verdade que nunca gostei de comemorar aniversário, mas também colocaria o dia dos pais muito acima de qualquer outra data festiva. Pois, nada se compara ao segundo domingo do mês de agosto.
Aqui está o Filhosofias que não me deixa mentir.

A gente já tinha assistido ao "Música de brinquedo" no SESC de Rio Preto, porém a chuva torrencial, a hora adiantada, a febre incessante (do João) e o público em excesso estragaram o espetáculo. Hoje não, estava tudo impecável, como registra este video:



Hoje, depois de eu invocar meu direito (como "pai do dia") de escolher aonde iríamos jantar quando acabasse o show do Pato Fu no Parque da Cidade, o Antônio me perguntou quando é que seria o "dia dos filhos". Como se todos os dias não fosse...
Bom, quanto a este dia dos pais só faltou mesmo o meu pai. Queria muito ter podido abraçá-lo e passar o dia ao seu lado, junto com meus filhos.
Por isso, decidimos que da próxima vez que viajarmos para Catanduva será, novamente, dia dos pais. Pelo menos do meu.

sábado, 6 de agosto de 2011

Eles cantam no chuveiro

A gente vive se perguntando se nossos filhos são felizes, se serão felizes e se terão filhos felizes e etecétera e tal.

Sei não. Também tenho as minhas dúvidas.

Mas que eles soltam a voz no banho, ah isso eles fazem!

Uma lágrima de amor

Em outubro do ano passado escrevi sobre o parto do João Pedro. Postei uma foto registrando o exato momento em que nos reconhecíamos como pai e filho, olhos nos olhos.

De lá pra cá, ao longo de seus sete anos de vida, vivemos outros tantos momentos de intensa cumplicidade. Sempre decorrentes de um gesto discreto e comovente do João. Assim, espontâneamente, como por encanto, o meu filho "faz algo", cria um momento mágico que me envolve completamente, me arrebata.

Na maioria das vezes estamos só nós dois. E, por isso, depois da chegada triunfal do Tunico Pinico e da marcação cerrada que ele impôs sobre mim, admito que são menores as chances que tenho com o João.

Mas hoje, finalmente, aconteceu de novo. Estávamos os três na sala brincando de playmobil quando comecei a cantar uma versão adaptada daquela música do Vinicius: "Menininhos do meu coração, fiquem pequeninhos na minha canção, companheiros levados, batendo palminhas, fugindo assustados do bicho-papão...".

De repente, olhei para o João Pedro e ele estava me encarando com ternura.

Surpreso, perguntei: "O que foi filho?"

E ele respondeu: "Não sei papai... Que bonita essa música. Foi você que fez?"

"Não filho, não fui eu quem fiz, mas desde que você nasceu inventei um novo jeito de cantá-la", expliquei.

Aí, "plim", ele fixou os seus olhos (marejados) nos meus e derramou uma lágrima.

Senti meu coração pulsando juntinho com o dele quando o abracei. Foram alguns segundos de uma harmonia preciosa até que o Antônio pulasse nas minhas costas e exigesse minha atenção.



Agora me dei conta que deveria ter recolhido aquela lágrima de amor, porque tenho certeza que ela teria o poder de cicatrizar até as chagas de Cristo. No entanto, se foi, rapidamente passou; aliás, como passa a vida.