segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Talvez o amor seja o nome do Leão


-- Dizem que Aslam está a caminho; talvez até já tenha chegado.
E aí aconteceu uma coisa muito engraçada. As crianças ainda não tinham ouvido falar de Aslam, mas no momento em que o castor pronunciou esse nome, todos se sentiram diferentes [...]
Ao ouvirem o nome de Aslam, os meninos sentiram que dentro deles algo vibrava intensamente.
[...]
Pois, mais uma vez, tinham sido envolvidas por aquela sensação que lembrava os primeiros sinais da primavera, e que parecia trazer notícias maravilhosas.


São trechos do livro Crônicas de Nárnia de C.S. Lewis, que há tempos leio, sem qualquer regularidade, com os meninos antes de dormir. E são os trechos de que mais gosto. Gosto, porque me lembro do tempo em que desejei profundamente que o nome de Deus pudesse me soar como o rugido protetor desse poderoso Leão. Sobretudo, gosto, porque, ao me lembrar, me dou conta de que não desejo mais.

Hoje, quando o dia me parece escuro e frio, basta eu pronunciar em silêncio "João Pedro" e depois "Antônio" para que um halo quente e cintilante envolva o meu corpo, alterando tudo ao meu redor.

Ontem, por exemplo, foi só dizer bem baixinho o nome dos meninos e fiz parar de chover na Asa Sul de Brasília.


Nenhum comentário:

Postar um comentário