terça-feira, 12 de julho de 2011

O Mônico, o dono da rua e o complexo de Édipo

Ainda em Catanduva os meninos começaram a me chamar de Mônico, a versão masculina-adulta-paterna da Mônica do gibi.
Um pouco instigados pela mãe (que é capaz de perder o marido, mas não a piada) e outro tanto pelas reais semelhanças, o fato é que o apelido pegou. Também ajudei a emplacar a alcunha fazendo de conta que fico furioso com a brincadeira: corri atrás, fiz cócegas e dei até coelhadas (eles têm um Sansão).
Agora não tem mais jeito. Para o porteiro, para a faxineira, para o entregador de jornal, para o garçom do restaurante da CGU, enfim, para todo mundo que o João Pedro e o Antônio tiveram a chance de me apresentar aqui em Brasília já sou o Mônico.
Dentuço ainda vá lá (no fundo gosto), baixinho nunca (difícil admitir, mesmo depois de casado), gordinho talvez (na barriga), agora o que não resta dúvida é que para os meninos subi de posto: saltei de manda-chuva do pedaço para o dono da rua.
Provavelmente foi a conclusão a que chegaram depois da mudança por "causa do papai".
O lado bom é que os dois se sentem seguros comigo, com o Mônico, forte e imabtível. O lado "ruim" é que eles, agora, vivem me desafiando e bolando planos mirabolantes pra me destronar.

Laio que se cuide. Afinal, quem mandou desposar Jocasta e ainda por cima fazer dois Édipos com ela?

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