domingo, 31 de julho de 2011

Comentando comentário - saudades e esperança

Hoje, enquanto os meus pais arrumavam as malas pra voltarem a Catanduva (depois de um fim de semana afetivamente intenso aqui conosco em Brasília), o Antônio "nos comunicou" que também voltaria com o vovô e a vovó.
Desde ontem ele vinha tentando convencer seus avós a ficarem mais uns dias. Argumentou de todas as maneiras: chegou até a orientar minha mãe sobre como fazer para organizar à distância o trabalho na Loja.
Então,quando ele percebeu que não poderia fazê-los ficar, não hesitou e tomou a decisão de voltar pra sua antiga casa.
Nunca foi tão difícil demovê-lo.
Sobretudo, porque compreendo e reconheço perfeitamente os motivos que o levaram à decisão de voltar. Cito apenas dois (pra não chorar): aqui ele não tem nem dez por cento da liberdade que tinha em Catanduva e, pra piorar, ainda não tem amigos. Foi duro ouví-lo dizer, aninhado em meu colo, que "precisava voltar porque senão ia esquecer os nomes dos seus amigos". Respondi que ele poderia ligar para eles e vê-los pela internet, mas ele retrucou de forma incisiva me dizendo que "não queria falar, mas brincar com seus amigos".

Li o comentário da Sandra e me lembrei (mais uma vez) daquela música do Peninha (ou do Caetano?) chamada "Sonhos" que diz assim: "Ter saudade até que é bom, melhor do que caminhar sozinho. A esperança é um dom que eu tenho em mim. Eu tenho sim".
Acho que vou ter que repetir na frente do espelho como no terço bizantino: "eu tenho sim".

Mas vou esperar (de esperança) até amanhã à noite quando encontrá-los em casa depois do primeiro dia de aula na Moara.

Boa noite, meninos.

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