segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A voz que manda no Manda-chuva não é o Guarda Belo

Ia me esquecendo de contar que da última vez que fomos para São Paulo levei emprestado um GPS.

Liguei o aparelinho e fomos (todos) seguindo aquela voz feminina. Quando a "moça" dizia "vire a direita a 100 metros", eu obedecia. Quando a "moça" mandava trocar de faixa, eu obedecia. E quando a "moça" falava e eu não escutava, pedia silêncio gritando.

Já estava há uns vinte minutos fazendo obedientemente o que aquela voz ordenava, quando o Antônio -- que assistia a tudo intrigadíssimo do banco de trás -- não se conteve e perguntou para sua mãe: "O papai obedece tudo o que a moça fala? Ele faz o que ela manda?"

Não me lembro bem a explicação que a Mi ofereceu a ele. Mas sei que no segundo seguinte lá estava ele repetindo exatamente o que a moça dizia só pelo prazer incomensurável de mandar no manda-chuva do seu pai.

Desde então brinco com ele de seguir-o-mestre (o Antônio é o mestre!) sempre quando quero exigir obediência e disciplina. Primeiro obedeço (e deixo ele se lambuzar um pouquinho), depois mando.

2 comentários:

  1. É José, o Antonio não dá ponto sem nó, sabe bem o que ele quer.

    Eu penso que mudando o foco é que conquista os pequenos, assim como vc fez, chamar atenção com o mestre mandou é bem legal. Adorei.

    Bjs "pros" quatro.

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  2. Angélica, tem outra coisa que funciona demais da conta com o Antônio e também funcionou com o João. E como os dois são muito diferentes, é provável que funcione com qualquer menino de 3 a 5 anos.
    A "coisa" é a seguinte: dizer, meio em tom de desafio e brincadeira, para que ele não faça exatamente aquilo que você deseja que seja feito.
    Por exemplo, hoje mesmo queria que o Antônio bebesse água de coco para segurar a fome da janta e, por consequencia, dormir mais cedo. Assim, mal intencionado, convidei ele para abrir o coco comigo. Demoramos um pouquinho porque o coco tinha a castanha pequena, o que só fez aumentar a empolgação dele.
    Aí quando coloquei o canudinho disse pra ele em tom de advertência: "não vai beber tudo e me deixar morrer de sede, hein?"
    Enquanto ele ia sugando a água eu ainda reforçava: "você não vai beber tudo, né?".
    Ele ria e bebia de dar gosto.

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