domingo, 22 de agosto de 2010

Dizer o contrário do que se quer falar

Ontem, quando já estava deitado pra dormir, o João Pedro e o Antônio vieram me mostrar os guerreiros de playmobil que eles tinham montado. Dois cavaleiros bem armados. O do João evidentemente muito mais bonito e equilibrado do que o cavaleiro do Antônio.
Mas foi o Antônio quem me perguntou: "Papai, qual é o mais bonito?".
Enquanto pensava numa resposta que atendesse às expectativas dos dois, o João Pedro piscou pra mim e disse: "Nenê, claro que é o seu".
E então os dois foram escovar os dentes, felizes e satisfeitos.

Intrigado com a resposta do João e achando que ele pudesse tê-la entabulado só para agradar seu irmão mais novo (num arroubo de bondade), chamei-o logo depois e perguntei por qual motivo ele tinha falado aquilo. No fundo, só queria confirmar minha suspeita e, de quebra, arrumar um pretexto para mais uma postagem por aqui.
"Ah, papai, eu disse que o dele era o mais bonito porque senão ele ia querer o meu guerreiro".

Peraí, pensei com os meus botões: o João sabendo que o seu hominho era o mais bonito e percebendo que eu também sabia disso fez um sinal para que eu ficasse quieto de forma que ele pudesse dizer ao Antônio o que ele gostaria de ouvir produzindo, simultanemanente, a satisfação de seu irmão e o resultado que ele desejou (ficar com seu próprio playmobil).
Isso é astúcia, não é?
Esse moleque deve estar assistindo o Chaves, "el chavo del ocho", porque em casa somos todos bobalhões. Só pode ser coisa da televisão.

Um comentário:

  1. Du, acredite: uma das estórias dos meninos, ainda não escolhi qual, será usada por mim para escrever uma cronica sobre infancia, para amanha... me falta criatividade, e por isso nada mais "legitimo" do que recorrer ao seu blog!!
    Esqueci de contar para a Mi: quando estive aí, o Antonio virou para mim e disse que eu era a RodrigA.... o Ro e eu rimos muito!
    Beijos para todos( Mi, João e Antonio)
    Com carinho Julia

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