segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Se beber, não dirija e muito menos repreenda seus filhos

O João Pedro está entrando na fase da moralidade convencional ou heterônoma, segundo Piaget. Trata-se daquele estágio em que a criança vê os deveres como existentes “em si”, externos à sua consciência e independentes do contexto. As ordens e regras devem ser cumpridas ao pé da letra. A norma não pode nem ser transgredida nem relativizada por interpretações flexíveis.

Ele assisitiu na Tevê, que pra ele é fonte inconstestável de legitimidade e de autoridade, que quem bebe não deve dirigir. Agora é só montar no carro depois da festa ou do restaurante que ele nos cobra: "Vocês beberam?". Outro dia saindo da pizzaria eu e minha esposa tentamos explicar a ele que um pouquinho de bebida era permtido. Mas acho que ele não se convenceu.

Contudo, tão importante quanto advertir os pais que não dirijam se tomarem bebida alcoólica é dizer a eles que não tentem repreender seus filhos se tiverem mais de duas cervejinhas na cuca. Essa é a minha medida para levississimamente embriagado. É que a gente perde mesmo a noção e quase sempre faz besteira.

Sei que tem muito pai e mãe desmiolado neste mundo, mas desconfio que grande parte das agressões sofridas por crianças tenha motivação num pilequinho inocente.

Portanto, se beber, não dirija, não arrume encrenca com as pessoas e nunca tente corrigir seus filhos. Fique quieto, coma um doce, tome um banho e vá dormir.

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