sábado, 13 de novembro de 2010

Comentando comentário - São Jorge é de Ogum e do Gantois

Não é segredo pra ninguém que da Angélica aceito até provocação barata.
Pois é, ela fez um comentário só pra me dizer que “Jorge é de Capadócia...”.
Dá pra acreditar?

Vai dizer isso logo pra mim que o conheci pessoalmente. Foi o próprio Jorge quem me disse: “sou baiano, ou melhor, soteropolitano, de Federação e, para ser exato, do Gantois”. Me disse ainda que “apesar disso, era um santo modesto”.

Enfim, não há dúvidas que São Jorge é de Ogum e do terreiro do Gantois, de Ilê Iyá Omin Axé Iyá Massê.

Aliás, o Antônio, meu segundo filho, também é de Ogum. Mestre das armas, dos metais e da guerra foi dormir depois de me pedir desculpa por ter chutado minha nuca durante nossa brincadeira de luta. Antes, tentou cortar o meu pescoço com sua espada, mas felizmente a espada é de plástico. Esta foi mais uma sexta-feira que eu escapo da degola.

O João Pedro quando ainda era pequenininho foi reclamado nos búzios por Xangô, meu pai e meu rei. Mas como o pai-de-santo era meio chinfrim, não me convenci. Embora ele tenha a nobreza dos filhos de Oba e os olhos de Iansã. No fundo, só não o entrego  Xangô porque ele nasceu com as circulares do cordão umbilical no pescoço, que é o signo de Oxalufã. Como tenho respeito e apreço pelos mais velhos, acho bom esperar por um gesto do velho Oxalá.

Um comentário:

  1. Ah não, dizer que é provocação é provocação sua.
    Porque tenho que venerar São Jorge como você?
    São Jorge não é só venerado pela Umbanda, Candomblé nas Igrejas Católica, Ortodoxa, na Comunhão Anglicana e na mitologia nórdica também (Sigurd - O Caçador de Dragões). E pra mim Jorge nasceu em Capadócia. É Santo militar e padroeiro da Cavalaria do Exército Brasileiro, dos Escoteiros, do Corinthians, de várias cidades e até países.

    E respeito sua veneração, viu.



    A Lenda do Dragão e da Princesa

    Baladas medievais contam que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
    Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
    Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
    O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.

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